Olá caríssimos, essa postagem é do fundo do baú! Venho
compartilhar com você um Script de um especial de que foi realizado
na 1ª Igreja Batista da Vila Cohab Rio Doce, hoje conhecida como PibCord –
Primeira Igreja Batista no Coração de Rio Doce, localizada no município de Olinda.
É uma relíquia de 1988, que tive o privilégio de participar.
Minha gratidão a Edilene de Carvalho Melo, que foi a idealizadora
desse especial de natal, pelas fotos que você gentilmente compartilhou e por permitir
que outros possam conhecer um pouco dessa linda história.
Como foi bom, rever esses registros fotográficos e poder fazer uma
leitura deleite.
Espero que você possa apreciar este o script e os registros fotográficos
da Loja de Brinquedos!
LOJA
DE BRINQUEDO
ADAPTAÇÃO:
EDILENE C. MELO
CENÁRIO
Uma loja de brinquedos, bolas coloridas, uma casa enorme repleta de brinquedos.
VELHINHO
É... nesta época não se tem muito o que consertar. Agora é a época de se ganhar
brinquedos novos, boneca que anda e fala, ursinho que caem do céu, robô que faz
de tudo ... (dá uma risadinha mansa). Mas daqui a dois meses, começa a aparecer
os brinquedos quebrados (começa a cochilar, abre a boca, pisca os olhos e
dorme. Agora começa a tocar uma música. A música para e o ursinho acorda,
primeiro pisca bastante os olhos, dá um grande sorriso e engatinha pelo chão em
direção à boneca; faz cócegas no pé da boneca e esconde entre as mãos o rosto,
faz isto duas vezes e a boneca acorda.)
BONECA
Ursinho, você é sempre travesso. Não sabe que sinto cócegas no pé?
URSINHO
Se não sentisse eu não faria, ué! (o ursinho levanta-se enquanto fala. A boneca
vai chamar o boneco enquanto o Ursinho brinca com o robô, levantando os seus
braços e saltando, fazendo o maior barulho. Nisso, antes que a boneca consiga
chamar o boneco, ele acorda no meio do susto, para defender-se quase ataca a
boneca, refeito do susto).
BONECO
O que foi isto? Pensei que fosse um ataque aéreo!
BONECA
Não é, mas pode até acontecer, nunca se sabe o que o ursinho pode aprontar.
URSINHO
Este robô não desperta nem com seu próprio barulho. Acho que está sem pilha. Ah! Temos
que apertar um desses botões. Vamos ver... (fica olhando os botões, fecha os
olhos e aperta qualquer um, mas nada acontece. Enquanto isso, a boneca e o
boneco ficam parados olhando e com as mãos na cintura. Ele percebendo que está
sendo observado, vira-se para os bonecos com as mãos no rosto entreabertas, e
rindo muito sem graça).
BONECO
Muito bonito, seu Ursinho. Fazendo bagunça novamente, é por isso que chegou
aqui feito um farrapo. Eu já lhe disse que é o botão do meio. Este aqui.
(aperta e o robô começa a falar).
ROBÔ
Olá, hoje a noite é bela, lá, lá, lá. (Sai andando e começa a falar e cantarola
uma música de Natal).
BONECA
Ih, você não está falando coisa com coisa, robô.
URSINHO Vai
ver que se quebrou de novo.
BONECO
Depois que a bateria esquentar ele melhora.
ROBÔ
Vocês não estão entendendo nada. Apesar de não está totalmente consertado, eu
sei o que estou fazendo. É que o Natal está chegando. (arregalam os olhos).
TODOS
É mesmo.
BONECA
(Fala enternecida) Ah, o Natal, que lindo o Natal, a árvore de Natal, os enfeites
nas portas, nas paredes, a mesa toda enfeitada...
URSINHO
(Interrompe a boneca sem nenhuma reverencia). Cheia de doces, bolos. Hum que
fome... (esfrega a barriga e a boneca faz cara feia).
ROBÔ
Eu gosto dos sinos tocando; das músicas...
URSINHO
(interrompendo). Das rizadas, grandes gargalhadas. Ah, ha, ha, iguais a de Papai
Noel, igual a ele para rir eu nunca vi. Ah, Ah, Ah. (dar gargalhadas).
BONECO
O Papai Noel chegando com muitos presentes, belos presentes. (exclama em tom de
alegria, como se estivesse apresentando algo como o Papai Noel da loja). chegando
com muitos presentes, belos presentes. (exclama em tom de alegria, como se estivesse
apresentando algo como o Papai Noel da loja).
ROBÔ
Estou computando uma boa ideia. Vamos fazer uma festa de Natal.
BONECO
Eu faço a árvore de Natal com bolas e pisca-pisca.
URSINHO
Eu dou uns enfeites e faço as gargalhadas, ou será o contrário? Eu faço os enfeites
e dou umas gargalhadas. (atrapalhado).
BONECA
Eu arrumo a mesa de Natal.
ROBÔ
Eu serei o Papai Noel.
BONECO
E nós seremos os presentes. (olhando para o ursinho e a boneca. Saem os brinquedos
do palco, correndo cada um para um lado. O ursinho, meio perdido, não sabe para
onde correr e acaba atropelando todo mundo, e tropeça no robô, que sai rodando e
bate de cara na parede; depois de esbarrar na boneca, que cai sentada, dai sai
de quatro, como quem vai caindo e acaba caindo em cima do boneco. O boneco
levanta-se irritado e junto com o robô, carrega o ursinho pelos braços, que
meio sem graça rir, balançando as pernas no ar. A boneca sai mancando). (Voltam
os brinquedos, cada um trazendo uma coisa. O boneco traz a árvore de Natal
enfeitada e com o pisca-pisca. A boneca traz uma toalha, arruma os cubos em
forma de mesa e arruma-a. O ursinho aparece envolto pelos enfeites e segurando
alguns nas mãos, sem saber que direção tomar. A boneca e o boneco, vendo a dificuldade
do ursinho, correm em seu auxílio. Depois de arrumarem os enfeites, o robô
entra).
ROBÔ
Feliz Natal, oh, oh, oh. Feliz Natal para todos.
BONECA
Está tudo pronto.
ROBÔ
Ficou muito bonito. (o ursinho concorda com a cabeça)
BONECO
Grande festa é o Natal, eu me lembro que foi numa noite de Natal que fui dado ao Marcelo
como presente pelo seu avô. Eu fiquei lá, em pé, debaixo do pinheirinho, junto
com os outros presentes, esperando a minha vez. Quando o menino me pegou, seu sorriso
ia de orelha a orelha, abraçou o avô e agradeceu a ele, dizendo que havia
esperado o ano todo para me ter como presente de Natal. E claro que fiquei
muito lisonjeado. (narra o fato como se estivesse contando uma grande aventura
na selva enquanto o boneco fala, o robô e a boneca ficam parados, prestando a
atenção e o ursinho aprontando as suas travessuras).
BONECA
(Como que encantada pelo Natal) E eu, estava tão linda, fui a mais admirada da
festa, todos queriam me ouvir cantar parabéns para você. Querem ouvir?
URSINHO
Não, não, eu já ouvi ontem, anteontem, antes de ontem ontem, antes de ontem ontem
ontem. (o boneco tampa a boca do ursinho, a boneca, fingindo não ligar para o ursinho
continua).
BONECA
Bem, deixando o parabéns de lado... no meio de tanta alegria eu me sentia o presente
mais precioso da festa, passando de mão em mão. E no dia seguinte fui mostrada
a todas as garotas da rua por Aninha, que teve o prazer de me ter ganho como
presente de Natal. Ai, ai, ai.
URSINHO
Eu sou aquele... aquele ... Ah, esqueci.
ROBÔ Bem,
eu na verdade nunca vi um presente ser tão esperado como eu, pois fiquei
sabendo que o pai do Filipe ajuntou dinheiro durante dois anos para conseguir comprar-me
e presenteá-lo no Natal comigo. “Com este belo robô”, como disse ele na noite de
Natal, quando Filipe me recebeu. Minhas luzes acendiam e apagavam, acendiam e apagavam.
URSINHO
Piscavam mais que uma árvore de Natal, ha, ha, ha.
ROBÔ
Não vejo graça. Eu sempre fui um brinquedo muito interessante e toda criança
gostaria de ter um robô como eu.
BONECO
E você ursinho? Qual é a sua história?
URSINHO
(meio sem graça) Bem como eu ia dizendo, (para e coça a cabeça) ah, eu não ia
dizendo nada, eu vou dizer. (todos fazem cara feia, de impaciência).
TODOS Ande
logo com esta história.
URSINHO
Eu também cheguei numa noite de Festa, todo mundo comendo, rindo... e eu com
uma vontade de comer também e virar umas cambalhotas. Ai eu ouvi alguém dizer: Feliz
Natal, tirou-me do chão e entregou-me a uma garotinha, a Carolina. Ela andava
no meio de todo o mundo me puxando pelo braço, pela perna, pela orelha, parecia
que ela era maior do que eu. Quando alguém a pegava no colo eu ia junto
pendurado pelo pescoço. Bem, eu não entendia nada. Também, no meio daquele
barulho, não dava né? Só sei que fui arrastado pela casa toda aquela noite, e o
dia todo, e nos dias seguintes. E de tanto a Carolina me puxar pra lá, me puxar
pra cá, fiquei logo todo rasgadinho. Acho que aquela noite era Natal... (ficou
pensando) Fico pensando que ser presente de Natal não é muito bom não.
BONECO
Ora, por que ursinho?
URSINHO
Veja só, eu fiquei todo rasgado. E logo depois fui deixado de lado pela Carolina.
ROBÔ
E eu que um mês depois já não piscava mais, e nem andava. Fui substituído por
um brinquedo mais moderno.
BONECA
Eu acabei sem poder cantar, porque minha corda arrebentou-se. E fui trocada por
uma boneca que ria. (faz beicinho como quem vai chorar).
BONECO
E eu fui atirado do alto de uma árvore. Marcelo pensava que eu fosse o Tarzan.
Acabei arrebentado, e o sorriso de Marcelo desapareceu. (fala meio
decepcionado).
URSINHO
Será que o Natal somos nós, os brinquedos?
BONECA
Ou será que são os enfeites, as festas, os risos?
URSINHO
As gargalhadas? (começa a dar gargalhadas, a boneca faz sinal para ele parar).
BONECA
Eu acho que Natal é coisa de Papai Noel.
ROBÔ
Eu ouvi uma vez sobre a história de um bebê que nasceu, em uma cidade e
tinha uma
estrela, uma vaquinha, uma ovelhinha, esse bebê veio do céu, acho que era presente.
Mas sei que era a história do verdadeiro Natal, e a partir deste fato as
pessoas começaram a comemorar o Natal.
BONECA
Eu queria tanto conhecer a história do verdadeiro Natal.
BONECO
Puxa, um presente do céu deve ser algo muito bonito. (as luzes dão ao palco um
ambiente de sonho, enquanto que os brinquedos sentam-se perto da cadeira de
balanço do velhinho, e as crianças que se encontram adormecidas despertam do
sono e juntam-se aos brinquedos.)
HISTÓRIA
DO NATAL
VELHINHO
Vocês estão querendo conhecer a história do Natal, não é mesmo?
CRIANÇA 1
Sim, vovô queremos que o senhor nos conte, vá vovô conte-nos a História do Natal.
VELHINHO
Calma. Bem, tudo começou, quando Deus prometeu que daria a humanidade um
Salvador, aquele que traria a paz aos corações, ensinando-os a amar a Deus e ao
próximo. Deus escolheu uma virgem chamada Maria, para dar a luz a uma criança,
que seria o filho de Deus. Maria casou-se com José, um homem bom fiel a Deus, e
na época em que o bebê ia nascer, Maria e José tiveram que ir à Belém, e não
havia lugar por isso tiveram que ir para uma estrebaria.
URSINHO
Uma estrebaria, e o que é uma estrebaria?
VELHINHO
É o lugar de guardar animais. É onde comem e dormem as vacas, as ovelhas, os
bezerros, os cavalos e outros animais, e foi um lugar como este que Maria deu a
luz a um menino, e no céu surgiu uma linda estrela, ali perto havia pastores cuidando
das suas ovelhas, o anjo do Senhor falou para os pastores que estavam amedrontados.
VOZ
Não temas, porquanto vos trago novas de grande alegria que será para todo o povo, é que nasceu
hoje, na cidade de Davi, o Salvador, Cristo o Senhor, e esta estrela vos será
um sinal.
CRIANÇA 2
E o que os pastores fizeram vovô?
VELHINHO Foram
correndo até Belém e chegando lá adoraram o menino. Da mesma forma fizeram os
reis Magos que vinham do Oriente, adoraram e deram de presente a Jesus três
coisas raras, ouro, incenso e mirra. E naquele dia o mundo recebeu a visita de
Deus. O maior presente que poderia existir e mais tarde resolveram comemorar o
nascimento de Jesus o presente que veio do céu.
BONECA
E por que as pessoas dão presentes umas às outras?
VELHINHO
O presente é uma demonstração de amor, de carinho. No Natal as pessoas se unem
para comemorar, mas a razão principal desta união tem que ser Jesus Cristo.
Este presente é eterno, pois quando recebemos Jesus como Salvador e Senhor das nossas
vidas ele jamais nos abandona.
CRIANÇA 3
Por que Salvador e Senhor?
VELHINHO
Salvador porque ele veio para nos libertar da escravidão do pecado, e Senhor porque
agora ele vai ensinar o que devemos fazer, como agir. E eu quero que vocês fiquem
sabendo que o Natal só existe por causa de Jesus.
BONECA
Quer dizer que o Natal só é Natal se a gente comemorar Jesus Cristo?
VELHINHO
Sim. Isto mesmo.
CRIANÇA 4
Então, para comemorar o Natal de Jesus, a gente tem que crer que ele existe e
veio ao mundo para nos salvar e orientar as nossas vidas.
VELHINHO
Exatamente, não se pode comemorar o nascimento de Jesus sem antes crer nele.
ROBÔ
É verdade, faz sentido.
URSINHO Eu
queria ser um presente assim, que dura para toda a vida, e agradar a todos.
VELHINHO
Jesus é o único presente que pode trazer alegria a crianças, adultos, velhinhos
como eu, agora para ter alegria da salvação, antes temos que aceitar este
presente de salvação, que é Cristo.
CRIANÇA 3
Eu aceito vovô, eu aceito este presente do céu, Jesus Cristo e senhor e quero que
ele fique comigo para sempre. (fala isto pulando de alegria).
CRIANÇA 1
Eu também quero, que Jesus seja meu Salvador. Será que Ele me aceita?
VELHINHO
Claro que ele lhe aceita, Jesus o ama da maneira que você é.
CRIANÇA 2
Vovô, Jesus me ama também? Eu quero tanto ser amada por Ele.
VELHINHO Ele
ama todas as crianças, e Ele deseja que as crianças, sejam obedientes e amáveis.
Vamos orar com você Mariazinha.
CRIANÇA 4
Deus de amor, te agradecemos pelo maior presente que deste ao homem, pedimos
nesta noite de Natal, que teu amor possa entrar em nossos corações. (A música
toca, as luzes apagam e os brinquedos voltam para os seus lugares, as crianças
desaparecem de cena. O cenário volta a ser o que era antes, e o velhinho abre os
olhos, dá um longo bocejo). É , eu acho que cochilei um pouco. Cheguei até a
sonhar. E que belo sonho... que belo sonho. (levanta da cadeira, olha para os
bonecos, caminha pelo palco, como que pensando fala) Ah, tive uma ideia. Este
ano darei a toda criança que ganhar presente desta loja, a história do verdadeiro
Natal, a história do nascimento de Jesus Cristo, e lembrar a criança que
alegria de ter Jesus, não termina como um brinquedo, que em alguns meses depois
quebra ou se acaba, Jesus é um presente para toda a vida. (O velhinho pega suas
ferramentas, puxa o robô para o centro do palco e começa a apertar os seus
parafusos. As luzes vão diminuindo, “até que se apagaram por completo, ouve-se
uma música de Natal).
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