quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Loja de Brinquedos


Olá caríssimos, essa postagem é do fundo do baú! Venho compartilhar com você um Script de um especial de que foi realizado na 1ª Igreja Batista da Vila Cohab Rio Doce, hoje conhecida como PibCord – Primeira Igreja Batista no Coração de Rio Doce, localizada no município de Olinda. É uma relíquia de 1988, que tive o privilégio de participar.

Minha gratidão a Edilene de Carvalho Melo, que foi a idealizadora desse especial de natal, pelas fotos que você gentilmente compartilhou e por permitir que outros possam conhecer um pouco dessa linda história.

Como foi bom, rever esses registros fotográficos e poder fazer uma leitura deleite.

Espero que você possa apreciar este o script e os registros fotográficos da Loja de Brinquedos!







LOJA DE BRINQUEDO

 ADAPTAÇÃO: EDILENE C. MELO

CENÁRIO Uma loja de brinquedos, bolas coloridas, uma casa enorme repleta de brinquedos.

VELHINHO É... nesta época não se tem muito o que consertar. Agora é a época de se ganhar brinquedos novos, boneca que anda e fala, ursinho que caem do céu, robô que faz de tudo ... (dá uma risadinha mansa). Mas daqui a dois meses, começa a aparecer os brinquedos quebrados (começa a cochilar, abre a boca, pisca os olhos e dorme. Agora começa a tocar uma música. A música para e o ursinho acorda, primeiro pisca bastante os olhos, dá um grande sorriso e engatinha pelo chão em direção à boneca; faz cócegas no pé da boneca e esconde entre as mãos o rosto, faz isto duas vezes e a boneca acorda.)

BONECA Ursinho, você é sempre travesso. Não sabe que sinto cócegas no pé?

URSINHO Se não sentisse eu não faria, ué! (o ursinho levanta-se enquanto fala. A boneca vai chamar o boneco enquanto o Ursinho brinca com o robô, levantando os seus braços e saltando, fazendo o maior barulho. Nisso, antes que a boneca consiga chamar o boneco, ele acorda no meio do susto, para defender-se quase ataca a boneca, refeito do susto).

BONECO O que foi isto? Pensei que fosse um ataque aéreo!

BONECA Não é, mas pode até acontecer, nunca se sabe o que o ursinho pode aprontar.

URSINHO Este robô não desperta nem com seu próprio barulho. Acho que está sem pilha. Ah! Temos que apertar um desses botões. Vamos ver... (fica olhando os botões, fecha os olhos e aperta qualquer um, mas nada acontece. Enquanto isso, a boneca e o boneco ficam parados olhando e com as mãos na cintura. Ele percebendo que está sendo observado, vira-se para os bonecos com as mãos no rosto entreabertas, e rindo muito sem graça).

BONECO Muito bonito, seu Ursinho. Fazendo bagunça novamente, é por isso que chegou aqui feito um farrapo. Eu já lhe disse que é o botão do meio. Este aqui. (aperta e o robô começa a falar).

ROBÔ Olá, hoje a noite é bela, lá, lá, lá. (Sai andando e começa a falar e cantarola uma música de Natal).

BONECA Ih, você não está falando coisa com coisa, robô.

URSINHO Vai ver que se quebrou de novo.

BONECO Depois que a bateria esquentar ele melhora.

ROBÔ Vocês não estão entendendo nada. Apesar de não está totalmente consertado, eu sei o que estou fazendo. É que o Natal está chegando. (arregalam os olhos).

TODOS É mesmo.

BONECA (Fala enternecida) Ah, o Natal, que lindo o Natal, a árvore de Natal, os enfeites nas portas, nas paredes, a mesa toda enfeitada...

URSINHO (Interrompe a boneca sem nenhuma reverencia). Cheia de doces, bolos. Hum que fome... (esfrega a barriga e a boneca faz cara feia).

ROBÔ Eu gosto dos sinos tocando; das músicas...

URSINHO (interrompendo). Das rizadas, grandes gargalhadas. Ah, ha, ha, iguais a de Papai Noel, igual a ele para rir eu nunca vi. Ah, Ah, Ah. (dar gargalhadas).

BONECO O Papai Noel chegando com muitos presentes, belos presentes. (exclama em tom de alegria, como se estivesse apresentando algo como o Papai Noel da loja). chegando com muitos presentes, belos presentes. (exclama em tom de alegria, como se estivesse apresentando algo como o Papai Noel da loja).

ROBÔ Estou computando uma boa ideia. Vamos fazer uma festa de Natal.

BONECO Eu faço a árvore de Natal com bolas e pisca-pisca.

URSINHO Eu dou uns enfeites e faço as gargalhadas, ou será o contrário? Eu faço os enfeites e dou umas gargalhadas. (atrapalhado).

BONECA Eu arrumo a mesa de Natal.

ROBÔ Eu serei o Papai Noel.

BONECO E nós seremos os presentes. (olhando para o ursinho e a boneca. Saem os brinquedos do palco, correndo cada um para um lado. O ursinho, meio perdido, não sabe para onde correr e acaba atropelando todo mundo, e tropeça no robô, que sai rodando e bate de cara na parede; depois de esbarrar na boneca, que cai sentada, dai sai de quatro, como quem vai caindo e acaba caindo em cima do boneco. O boneco levanta-se irritado e junto com o robô, carrega o ursinho pelos braços, que meio sem graça rir, balançando as pernas no ar. A boneca sai mancando). (Voltam os brinquedos, cada um trazendo uma coisa. O boneco traz a árvore de Natal enfeitada e com o pisca-pisca. A boneca traz uma toalha, arruma os cubos em forma de mesa e arruma-a. O ursinho aparece envolto pelos enfeites e segurando alguns nas mãos, sem saber que direção tomar. A boneca e o boneco, vendo a dificuldade do ursinho, correm em seu auxílio. Depois de arrumarem os enfeites, o robô entra).

ROBÔ Feliz Natal, oh, oh, oh. Feliz Natal para todos.

BONECA Está tudo pronto.

ROBÔ Ficou muito bonito. (o ursinho concorda com a cabeça)

BONECO Grande festa é o Natal, eu me lembro que foi numa noite de Natal que fui dado ao Marcelo como presente pelo seu avô. Eu fiquei lá, em pé, debaixo do pinheirinho, junto com os outros presentes, esperando a minha vez. Quando o menino me pegou, seu sorriso ia de orelha a orelha, abraçou o avô e agradeceu a ele, dizendo que havia esperado o ano todo para me ter como presente de Natal. E claro que fiquei muito lisonjeado. (narra o fato como se estivesse contando uma grande aventura na selva enquanto o boneco fala, o robô e a boneca ficam parados, prestando a atenção e o ursinho aprontando as suas travessuras).

BONECA (Como que encantada pelo Natal) E eu, estava tão linda, fui a mais admirada da festa, todos queriam me ouvir cantar parabéns para você. Querem ouvir?

URSINHO Não, não, eu já ouvi ontem, anteontem, antes de ontem ontem, antes de ontem ontem ontem. (o boneco tampa a boca do ursinho, a boneca, fingindo não ligar para o ursinho continua).

BONECA Bem, deixando o parabéns de lado... no meio de tanta alegria eu me sentia o presente mais precioso da festa, passando de mão em mão. E no dia seguinte fui mostrada a todas as garotas da rua por Aninha, que teve o prazer de me ter ganho como presente de Natal. Ai, ai, ai.
URSINHO Eu sou aquele... aquele ... Ah, esqueci.

ROBÔ Bem, eu na verdade nunca vi um presente ser tão esperado como eu, pois fiquei sabendo que o pai do Filipe ajuntou dinheiro durante dois anos para conseguir comprar-me e presenteá-lo no Natal comigo. “Com este belo robô”, como disse ele na noite de Natal, quando Filipe me recebeu. Minhas luzes acendiam e apagavam, acendiam e apagavam.

URSINHO Piscavam mais que uma árvore de Natal, ha, ha, ha.

ROBÔ Não vejo graça. Eu sempre fui um brinquedo muito interessante e toda criança gostaria de ter um robô como eu.

BONECO E você ursinho? Qual é a sua história?

URSINHO (meio sem graça) Bem como eu ia dizendo, (para e coça a cabeça) ah, eu não ia dizendo nada, eu vou dizer. (todos fazem cara feia, de impaciência).

TODOS Ande logo com esta história.

URSINHO Eu também cheguei numa noite de Festa, todo mundo comendo, rindo... e eu com uma vontade de comer também e virar umas cambalhotas. Ai eu ouvi alguém dizer: Feliz Natal, tirou-me do chão e entregou-me a uma garotinha, a Carolina. Ela andava no meio de todo o mundo me puxando pelo braço, pela perna, pela orelha, parecia que ela era maior do que eu. Quando alguém a pegava no colo eu ia junto pendurado pelo pescoço. Bem, eu não entendia nada. Também, no meio daquele barulho, não dava né? Só sei que fui arrastado pela casa toda aquela noite, e o dia todo, e nos dias seguintes. E de tanto a Carolina me puxar pra lá, me puxar pra cá, fiquei logo todo rasgadinho. Acho que aquela noite era Natal... (ficou pensando) Fico pensando que ser presente de Natal não é muito bom não.

BONECO Ora, por que ursinho?

URSINHO Veja só, eu fiquei todo rasgado. E logo depois fui deixado de lado pela Carolina.

ROBÔ E eu que um mês depois já não piscava mais, e nem andava. Fui substituído por um brinquedo mais moderno.

BONECA Eu acabei sem poder cantar, porque minha corda arrebentou-se. E fui trocada por uma boneca que ria. (faz beicinho como quem vai chorar).

BONECO E eu fui atirado do alto de uma árvore. Marcelo pensava que eu fosse o Tarzan. Acabei arrebentado, e o sorriso de Marcelo desapareceu. (fala meio decepcionado).

URSINHO Será que o Natal somos nós, os brinquedos?

BONECA Ou será que são os enfeites, as festas, os risos?

URSINHO As gargalhadas? (começa a dar gargalhadas, a boneca faz sinal para ele parar).

BONECA Eu acho que Natal é coisa de Papai Noel.

ROBÔ Eu ouvi uma vez sobre a história de um bebê que nasceu, em uma cidade e
tinha uma estrela, uma vaquinha, uma ovelhinha, esse bebê veio do céu, acho que era presente. Mas sei que era a história do verdadeiro Natal, e a partir deste fato as pessoas começaram a comemorar o Natal.

BONECA Eu queria tanto conhecer a história do verdadeiro Natal.

BONECO Puxa, um presente do céu deve ser algo muito bonito. (as luzes dão ao palco um ambiente de sonho, enquanto que os brinquedos sentam-se perto da cadeira de balanço do velhinho, e as crianças que se encontram adormecidas despertam do sono e juntam-se aos brinquedos.)


HISTÓRIA DO NATAL

VELHINHO Vocês estão querendo conhecer a história do Natal, não é mesmo?

CRIANÇA 1 Sim, vovô queremos que o senhor nos conte, vá vovô conte-nos a História do Natal.

VELHINHO Calma. Bem, tudo começou, quando Deus prometeu que daria a humanidade um Salvador, aquele que traria a paz aos corações, ensinando-os a amar a Deus e ao próximo. Deus escolheu uma virgem chamada Maria, para dar a luz a uma criança, que seria o filho de Deus. Maria casou-se com José, um homem bom fiel a Deus, e na época em que o bebê ia nascer, Maria e José tiveram que ir à Belém, e não havia lugar por isso tiveram que ir para uma estrebaria.

URSINHO Uma estrebaria, e o que é uma estrebaria?

VELHINHO É o lugar de guardar animais. É onde comem e dormem as vacas, as ovelhas, os bezerros, os cavalos e outros animais, e foi um lugar como este que Maria deu a luz a um menino, e no céu surgiu uma linda estrela, ali perto havia pastores cuidando das suas ovelhas, o anjo do Senhor falou para os pastores que estavam amedrontados.

VOZ Não temas, porquanto vos trago novas de grande alegria que será para todo o povo, é que nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, Cristo o Senhor, e esta estrela vos será um sinal.

CRIANÇA 2 E o que os pastores fizeram vovô?

VELHINHO Foram correndo até Belém e chegando lá adoraram o menino. Da mesma forma fizeram os reis Magos que vinham do Oriente, adoraram e deram de presente a Jesus três coisas raras, ouro, incenso e mirra. E naquele dia o mundo recebeu a visita de Deus. O maior presente que poderia existir e mais tarde resolveram comemorar o nascimento de Jesus o presente que veio do céu.

BONECA E por que as pessoas dão presentes umas às outras?

VELHINHO O presente é uma demonstração de amor, de carinho. No Natal as pessoas se unem para comemorar, mas a razão principal desta união tem que ser Jesus Cristo. Este presente é eterno, pois quando recebemos Jesus como Salvador e Senhor das nossas vidas ele jamais nos abandona.

CRIANÇA 3 Por que Salvador e Senhor?

VELHINHO Salvador porque ele veio para nos libertar da escravidão do pecado, e Senhor porque agora ele vai ensinar o que devemos fazer, como agir. E eu quero que vocês fiquem sabendo que o Natal só existe por causa de Jesus.

BONECA Quer dizer que o Natal só é Natal se a gente comemorar Jesus Cristo?

VELHINHO Sim. Isto mesmo.

CRIANÇA 4 Então, para comemorar o Natal de Jesus, a gente tem que crer que ele existe e veio ao mundo para nos salvar e orientar as nossas vidas.

VELHINHO Exatamente, não se pode comemorar o nascimento de Jesus sem antes crer nele.

ROBÔ É verdade, faz sentido.

URSINHO Eu queria ser um presente assim, que dura para toda a vida, e agradar a todos.

VELHINHO Jesus é o único presente que pode trazer alegria a crianças, adultos, velhinhos como eu, agora para ter alegria da salvação, antes temos que aceitar este presente de salvação, que é Cristo.

CRIANÇA 3 Eu aceito vovô, eu aceito este presente do céu, Jesus Cristo e senhor e quero que ele fique comigo para sempre. (fala isto pulando de alegria).

CRIANÇA 1 Eu também quero, que Jesus seja meu Salvador. Será que Ele me aceita?

VELHINHO Claro que ele lhe aceita, Jesus o ama da maneira que você é.

CRIANÇA 2 Vovô, Jesus me ama também? Eu quero tanto ser amada por Ele.

VELHINHO Ele ama todas as crianças, e Ele deseja que as crianças, sejam obedientes e amáveis. Vamos orar com você Mariazinha.

CRIANÇA 4 Deus de amor, te agradecemos pelo maior presente que deste ao homem, pedimos nesta noite de Natal, que teu amor possa entrar em nossos corações. (A música toca, as luzes apagam e os brinquedos voltam para os seus lugares, as crianças desaparecem de cena. O cenário volta a ser o que era antes, e o velhinho abre os olhos, dá um longo bocejo). É , eu acho que cochilei um pouco. Cheguei até a sonhar. E que belo sonho... que belo sonho. (levanta da cadeira, olha para os bonecos, caminha pelo palco, como que pensando fala) Ah, tive uma ideia. Este ano darei a toda criança que ganhar presente desta loja, a história do verdadeiro Natal, a história do nascimento de Jesus Cristo, e lembrar a criança que alegria de ter Jesus, não termina como um brinquedo, que em alguns meses depois quebra ou se acaba, Jesus é um presente para toda a vida. (O velhinho pega suas ferramentas, puxa o robô para o centro do palco e começa a apertar os seus parafusos. As luzes vão diminuindo, “até que se apagaram por completo, ouve-se uma música de Natal).

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